Conforme prometido, vamos discutir o segundo ponto do "bate papo literário" com o escritor Zuenir Ventura e Alberto Villas, um dos editores do Fantástico.
Foi amplamente discutido como a imprensa mudou nesses 40 anos após maio/68. Alberto Villas levou algumas capas da revista Veja da época que tinha uma postura totalmente diferente da revista de hoje. As capas, geralmente, tinham um apelo político e reportagens mais voltadas à realidade vivida pela sociedade brasileira naquele período. A imprensa tinha liberdade de publicar o que quisesse sem censura, mas tudo mudou depois do AI-05 (Ato Institucional número cinco) decretado em dezembro/68.
Tudo bem, a censura foi recrudescida nos anos seguintes e a imprensa controlada... mas como explicar a postura da imprensa após o fim da ditadura? Por que a imprensa de hoje não tem mais o mesmo cunho político de antes da ditadura?
É uma questão tão simples e tão óbvia que às vezes foge ao nosso compreendimento pela alienação que nos impoem a nova imprensa mundial! Com o desenvolvimento do capitalismo (deve ter gente pensando nesse momento que sou um inflamado de pensamento revolucionário que vai dizer que tudo é culpa do capitalismo... tudo não, mas boa parte sim! rsrs!) a imprensa passou a ter outro papel, o de entreter (como aquela história da Roma antiga de "pão e circo") e o de vender. Os dois juntos é um prato cheio para a alienação geral!
No "bate papo literário" teve um estudante de marketing um pouco "inflamado" que fez uma pergunta um tanto quanto pertinente para a ocasião: Por que o Fantástico não era mais fantástico em suas reportagens?
Ora, caro colega estudante de marketing, já que o nosso colega Alberto Villas não pôde dar uma resposta satisfatória (senão poderia até mesmo perder seu emprego), eu respondo:
A mídia vende e não informa! O que sustenta uma emissora televisiva? ANÚNCIOS absurdamente caros!!! Vc acha que alguma empresa vai querer anunciar em uma emissora que informa, que abre os olhos da população quanto a sujeira em que vivemos? NÃO!!! Vc acha que quando a maioria dos canais de TV param a programação a tarde para mostrar de diversas câmeras por diversos ângulos o "caso Isabela", eles estão informando algo? NÃO, estão explorando o sofrimento dos envolvidos para vender, vender e vender! E o pior é que um bando de desocupados e ignorantes vão para a porta da casa dos envolvidos no caso para protestar... ora, façam-me um favor: vão às casas dos Senhores Deputados, que tanto já nos roubaram, protestar e com a mesma veemência chamá-los de assassinos, pois indiretamente, eles tbm matam crianças inocentes que morrem nas filas de espera do posto de saúde ou nas ruas mendigando um prato de comida!
Para finalizar, deixo aqui uma dica de um filme que fala desta mídia feita para vender e alienar:
Boa Noite e Boa Sorte (Good Nigth, And Good Luck) de George Clooney.
Maycon Ramos
Foi amplamente discutido como a imprensa mudou nesses 40 anos após maio/68. Alberto Villas levou algumas capas da revista Veja da época que tinha uma postura totalmente diferente da revista de hoje. As capas, geralmente, tinham um apelo político e reportagens mais voltadas à realidade vivida pela sociedade brasileira naquele período. A imprensa tinha liberdade de publicar o que quisesse sem censura, mas tudo mudou depois do AI-05 (Ato Institucional número cinco) decretado em dezembro/68.
Tudo bem, a censura foi recrudescida nos anos seguintes e a imprensa controlada... mas como explicar a postura da imprensa após o fim da ditadura? Por que a imprensa de hoje não tem mais o mesmo cunho político de antes da ditadura?
É uma questão tão simples e tão óbvia que às vezes foge ao nosso compreendimento pela alienação que nos impoem a nova imprensa mundial! Com o desenvolvimento do capitalismo (deve ter gente pensando nesse momento que sou um inflamado de pensamento revolucionário que vai dizer que tudo é culpa do capitalismo... tudo não, mas boa parte sim! rsrs!) a imprensa passou a ter outro papel, o de entreter (como aquela história da Roma antiga de "pão e circo") e o de vender. Os dois juntos é um prato cheio para a alienação geral!
No "bate papo literário" teve um estudante de marketing um pouco "inflamado" que fez uma pergunta um tanto quanto pertinente para a ocasião: Por que o Fantástico não era mais fantástico em suas reportagens?
Ora, caro colega estudante de marketing, já que o nosso colega Alberto Villas não pôde dar uma resposta satisfatória (senão poderia até mesmo perder seu emprego), eu respondo:
A mídia vende e não informa! O que sustenta uma emissora televisiva? ANÚNCIOS absurdamente caros!!! Vc acha que alguma empresa vai querer anunciar em uma emissora que informa, que abre os olhos da população quanto a sujeira em que vivemos? NÃO!!! Vc acha que quando a maioria dos canais de TV param a programação a tarde para mostrar de diversas câmeras por diversos ângulos o "caso Isabela", eles estão informando algo? NÃO, estão explorando o sofrimento dos envolvidos para vender, vender e vender! E o pior é que um bando de desocupados e ignorantes vão para a porta da casa dos envolvidos no caso para protestar... ora, façam-me um favor: vão às casas dos Senhores Deputados, que tanto já nos roubaram, protestar e com a mesma veemência chamá-los de assassinos, pois indiretamente, eles tbm matam crianças inocentes que morrem nas filas de espera do posto de saúde ou nas ruas mendigando um prato de comida!
Para finalizar, deixo aqui uma dica de um filme que fala desta mídia feita para vender e alienar:
Boa Noite e Boa Sorte (Good Nigth, And Good Luck) de George Clooney.
Maycon Ramos