segunda-feira, 23 de junho de 2008

Fraude no recolhimento do INSS

A Receita Federal inicia nesta segunda-feira (23) uma operação contra 6.455 empresas suspeitas de fraude no recolhimento de contribuições previdenciárias. A estimativa é que o valor total da sonegação possa chegar a R$ 6 bilhões, o que inclui o recolhimento do INSS devido, dos encargos do Sistema S, além de multas e juros (o valor se refere a salários que foram pagos, mas que não tiveram o recolhimento dos encargos devidos).
Sinceramente não dá pra entender, o Brasil não é mesmo um país sério! É verdade que a carga tributária do nosso país é muito alta e é, no mínimo, revoltante saber que trabalhamos 1/3 do ano para pagar impostos, mas sonegar, definitivamente, não é solução! Onde está o caráter, a honestidade e a boa fé do brasileiro? Sonegar é o mesmo que roubar!
Se você cobra honestidade dos políticos que tanto nos roubam, mas sonega impotos, qual direito você tem de cobrar? Qual a diferença existente entre você e eles? Talvez alguns digitos, mas você está roubando também!
Espero que a Receita Federal descubra os sonegadores e que eles sejam punidos e espero, sinceramente, que um dia esse país e esse povo tenham jeito, pois como disse Thomas Hobbes um dia que "o homem é o lobo do homem" eu digo agora que "o brasileiro é lobo do brasileiro", que o mal do Brasil é o brasileiro e que todo povo tem o governante que merece, entendam como quiser!
Maycon Ramos

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Especial Che!

Ernesto Guevara, o "Che", cognome que os cubanos lhe deram, morto na Bolívar em 1967, é um fenômeno da história política e social da América Latina. Tornou-se o latino-americano mais famoso do século XX, sendo que nos dias que correm chegou a ensombrecer Simon Bolívar, o Libertador.
Médico, guerrilheiro, teórico revolucionário e estadista, tornou-se um personagem universal devido a sua atuação na Revolução Cubana de 1959 e nos anos que a seguiram. Argentino como Eva Perón, seu nome extrapolou de longe os limites da ilha de Cuba, fazendo com que fosse identificado com o Movimento de Descolonização do Terceiro Mundo.

A morte de Che Guevara

Che Guevara (1928-1967)
"É o meu destino: hoje devo morrer! Mas não, a força de vontade pode superar tudo! Há obstáculos, eu reconheço!não quero sair... Se tenho que morrer será nesta caverna (...). Morrer, sim, mas crivado de balas, destroçado pelas baionetas. Uma recordação mais duradoura do que meu nome É lutar, morrer lutando."
Ernesto Guevara de la Serna, janeiro de 1947.

Desde que dois bolivianos, integrantes da guerrilha comandada por Che Guevara instalada na região do Ñacahuazú, a uns 250 quilômetros ao sul de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, desertaram, os militares tiveram quase certeza que aquele a quem denominavam "Ramón", era de fato o Che. Há dois anos, desde sua carta de despedida, lida publicamente por Fidel Castro, em outubro de 1965, que ninguém, a não ser o alto comando cubano, sabia do seu paradeiro. Em pouco tempo, assessores militares norte-americanos desembarcaram em La Paz, capital da Bolívia, para instruir o mais rápido possível um batalhão de Rangers, adestrados na contra-insurgência, capazes de sair à caça dos guerrilheiros.
As certezas da CIA e das autoridades bolivianas, da presença de Che, aumentaram ainda mais quando capturaram , em Muyupampa, um vilarejo no sul do país, no dia 20 de abril de 1967, o intelectual francês Regis Debray, um agente de ligação de Fidel com Che, e um seu companheiro, o argentino Ciro Bustos. Tornou-se evidente que a presença dos dois estrangeiros na Bolívia se devia a existência de um plano mais vasto de operações de guerrilhas para subverter o governo de La Paz.. Debray, depois de torturado, confessou que "Ramón" era mesmo o Che.
Entrementes, Che havia dividido seus homens - formado em sua maioria por cubanos, alguns bolivianos, um par de peruanos e uma mulher, Tânia (uma teuto- argentina que integrara-se na luta), em duas colunas, a de Joaquim e a dele. O grupo de Joaquim foi exterminado em Vado del Yeso, quando tentava atravessar os rios Acero e Oro. O de Guevara, reduzido a somente 17 homens, foi cercado no 11º mês de manobras.
Num canyon em La Higuera, o destacamento do capitão Gary Prado o cercou no dia 8 de outubro de 1967. Depois de intenso tiroteio, com sua arma avariada e com a perna trespassada por uma bala, Che Guevara rendeu-se. Aquelas alturas a aparência dele era assustadora. Parecia-se a um mendigo, magro, sujo e esfarrapado. Levaram-no para um casebre em La Higuera que servia como escola rural. Lá, na tétrica companhia dos cadáveres de dois jovens guerrilheiros cubanos, ele passou sua última noite. Foi interrogado pelo ten-cel. Andrés Selich ao qual apenas confessou ter sido derrotado, lamentando que nenhum camponês boliviano tenha aderido aos seus propósitos.

A execução de Che Guevara

No dia seguinte, 9 de outubro, por rádio, veio a ordem de La Paz para que o executassem. O agente cubano-americano da CIA, Félix Rodrigues, desejava levar Che como prisioneiro para o Panamá para interrogá-lo , mas o general René Barrientos, então presidente da Bolívia, fora muito claro quanto a sua vontade de matar Guevara lá mesmo.
Coube ao sargento Mário Terán, disparar-lhe uma rajada de balas quando Che ainda estava deitado no chão batido da escola. Morreu aos 39 anos. Removeram-no para Vallegrande onde foi exposto sobre umas pias da lavandeira de um pequeno hospital. Lá amputaram-lhe as mãos para conferir com suas digitais existentes na Argentina. Antes, tiraram várias fotos. Surpreendentemente ele, ferido e estirado, parecia-se com uma daquelas telas do Barroco que retratam o Cristo caído. Seu olhar fixo parecia tranqüilo, como se não fosse surpreendido pelo desastre. Consumava-se assim a sua idéia da morte como martírio.
Ele, e mais sete outros foram enterrados numa cova anônima nas proximidades do pequeno aeroporto de Vallegrande, sob o mais absoluto sigilo. Durante os 28 anos seguintes ninguém se manifestou a respeito, até que o Gen. reformado Mário Vargas Salinas informou ao jornalista Jon Lee Anderson aonde jogaram o cadáver. Depois de dois anos de escavações, peritos cubanos e argentinos, encontraram finalmente seus ossos. Foram transladados para Cuba, onde foram recebidos por Fidel e Raul Castro com honras de estado. Nesses trinta anos que se passaram Che Guevara havia deixado a História para adentrar na Mitologia da América Latina.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Imprensa parcial!!!


“Estou indignado”. A primeira frase de Luciano do Valle antes da transmissão de Sport Recife x Corinthians, segundo jogo da final da Copa do Brasil, na noite de quarta-feira (11/06), indicava que vinha algo fora do comum. O jornalista criticou enfaticamente a parcialidade da imprensa esportiva de São Paulo ao vivo, não poupando colegas de emissora. “Imprensa paulista tá o quê? Abrindo guerra com a imprensa do Brasil”, disse, preparando o terreno.
Após o desabafo, Luciano do Valle defendeu sua forma de trabalhar. “Transmito jogo do Sport igual ao do Corinthians, ao do Atlético, ao do Náutico, ao do Santa Cruz. Eu quero que se lixem aqueles que acham que eu tô aqui torcendo para esse ou para aquele. Eu torço pela minha empresa [aponta a logo da Band], que me paga no fim do mês”.
www.comunique-se.com.br

Caros leitores,
Não estou aqui para discutir futebol! Apesar de ter adorado ver o "Timão" perder o título para o Sport, não é esta questão que quero discutir. Meu blog tem outro objetivo como pode ser percebido em postagens anteriores. O que me intriga e também intrigou ao Luciano do Valle é a parcialidade que a imprensa brasileira (principalmente no eixo RJ/SP) assumiu. Assisti ao jogo Corinthians x Sport transmitido pela "poderosa" e fiquei abismado (a palavra é esta mesmo: ABISMADO) com a parcialidade do narrador que no momento que o Sport fez o segundo gol, ficou 05 segundos calado (como se estivesse de luto) para depois narrar o gol com o o mesmo desânimo que o Galvão Bueno narra um gol da Argentina contra o Brasil.
O que está em questão aqui é como a imprensa brasileira assumiu um carácter duvidoso e imoral! Por que tamanho desânimo quanto a grande conquista do Sport? Será porque não foi um time do Rio de Janeiro ou São Paulo que foi campeão e sim um do nordeste? Fica ai uma questão para ser pensada.
O problema maior é que do mesmo jeito que a imprensa assume um lado no futebol, ela também faz isso no campo da política, da opinião pública... Quantas vezes a imprensa já persuadiu a população e fez da opinião pública o que bem quis? E quantas vezes ela já assumiu um lado na política por interesse próprio? Ora, a imprensa não é, ou melhor, não deveria ser instrumento de manipulação e sim de informação imparcial!
É preciso abrir os olhos e perceber quem é o vilão nessa história.
Maycon Ramos

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Será o fim da oposição no Brasil?


Já há algum tempo que em Minas Gerais se fala de uma possível aliança entre PT e PSDB. É sabido e notável em todo o país a boa relação existente entre Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte (PT), Aécio Néves, governador do Estado de Minas Gerais (PSDB) e o presidente Lula. Começou então um rebuliço para a aprovação de uma possível aliança entre PT-PSDB. Vai saber onde começou... talvez numa festinha de um dos filhos de algum deles, ou entre uma e outra apresentação do PAC... sei lá, mas começou!

Foi proposto a candidatura para a prefeitura de Belo Horizonte de Márcio Lacerda (PSDB) e Roberto Carvalho (PT) de vice. O problema para Aécio Neves e Fernando Pimentel (a dupla Batman e Robin da política mineira) é que por uma sanidade mental dos membros da Executiva Nacional petista a "tramóia" foi rejeitada por 13 votos a 02 no final do mês passado.

Vamos refletir, qual o interesse de Batman e Robin na aliança entre PT e PSDB? Bom, Belo Horizonte influi diretamente nas eleições para presidente, pois é um dos maiores colégios eleitorais do país. Pelo visto, Aécio Neves não terá vida fácil caso seja escolhido para concorrer à presidência. E Fernando Pimentel, qual seu interesse nessa história? É obvio que é concorrer a governador do Estado de Minas Gerais em 2010!

Alguns devem estar se perguntando: qual mal há nesta aliança entre PT-PSDB? A questão, caro leitor, é que "o buraco é mais embaixo". Você já pensou que a oposição poderia acabar caso uma aliança assim se consolidasse no âmbito nacional? E será que isto seria bom para o Brasil? Claro que não! A democracia não funcionaria caso não houvesse divergências entre idéias e ideais, caso não houvesse direita e esquerda, apesar da gente nem saber mais quem é de direita ou esquerda neste país, tudo já se mistura! Mas a questão é que não funcionaria, pois é como uma aliança entre cães e gatos, não dá certo e se der, é o país que não vai dar certo mesmo! Concordo plenamente com o ministro Patrus Ananias que ao se referir à possível aliança disse: "uma sociedade democrática pressupõe conflitos e visões divergentes".

Portanto, é preciso que haja mais políticos que ainda tenham um pouco de sanidade mental para não deixar que tal coisa aconteça, e que a população fique de olho nestas "tramóias" da politicagem. Só tem um probleminha, a aliança não foi aprovada em Belo Horizonte, mas foi aprovada em outros 12 minicípios. Já começou a palhaçada!
Maycon Ramos

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Questão de consciência


Estamos nos aproximando de mais um período eleitoral, quando se renovam as esperanças de eleger políticos competentes para tornar o país mais justo para todos (fica a pergunta no ar se isso é mesmo possível). Os brasileiros vão às urnas com o propósito e esperança de mudanças, mas até que ponto o brasileiro tem a consciência do seu voto? Até que ponto ele sabe da importância que se tem em eleger alguém para ser o “representante do povo”?
A democracia no Brasil é ainda um sistema novo. Até poucos anos atrás o país vivia sobre uma ditadura militar em que o povo não tinha o direito de eleger seus representantes. Por ser a democracia uma coisa recente em nosso país, podemos afirmar que o brasileiro não tem ainda um preparo e uma consciência da importância do seu voto. Existem eleitores que votam em candidatos que são seus conhecidos, por vezes parentes e amigos, esperando ganhar algo em troca, talvez um emprego, algum tipo de status. Existem outros que inconscientemente vendem seu voto por algum “agrado” do candidato, alguma ajuda financeira, alimentos, roupas, calçados. Essa escolha pelo candidato se deve pelo o que os brasileiros acostumaram a escutar nas escolas ou nas novelas de época (principalmente nas novelas de uma forma um pouco errônea pelo “romancismo” que é tratado o tema) e que sabem apenas superficialmente o que é. Isto é o que podemos chamar de “Coronelismo”, ou melhor, herança do coronelismo. Este sistema funcionou durante muitos anos no Brasil. Os coronéis obrigavam seus “afilhados” a votar neles ou em seus candidatos, o chamado “voto de cabresto”. Hoje acontece quase do mesmo jeito, porém o eleitor não irá apanhar ou até mesmo ser assassinado (salvo alguns casos), caso não vote em tal candidato como acontecia naquela época.
Existem ainda os brasileiros que são desinteressados por política e votam em branco, nulo ou ainda em qualquer candidato sem analisar suas propostas. O pior ignorante é aquele que acha que está tirando alguma vantagem em fechar os olhos para as questões que o atingem diretamente! Mas se analisarmos os fatos históricos que ocorreram no país a partir de 1964, época do “golpe militar” e a implantação da ditadura, poderemos ter pelo menos uma idéia do por que da alienação do brasileiro quanto à importância de votar. Antes do golpe militar, havia uma ascendência política principalmente entre os estudantes, mas com o duro golpe e repressão política, que levou à tortura e assassinato de vários manifestantes, essa ascendência política foi “jogada por terra”. Os jovens daquela época, que são os pais e avós de hoje, perderam o interesse pela política e os jovens de hoje, a exemplo dos pais e também devido a outros fatores como a manipulação imposta pelas redes de TV, não têm interesse na política.
Para resolver esse problema do país é preciso, antes de mais nada, reeducar os brasileiros com palestras e campanhas sobre a conscientização da importância de votar, mas é preciso também de tempo, pois, como foi dito anteriormente, a democracia é um sistema recente no Brasil. O problema é que não temos este tempo disponível, visto o grande caos que passa o país.
Quando o povo tiver a sabedoria de eleger seus candidatos, a corrupção que assombra-nos terá seus dias contados, mas enquanto isso não acontece, o que podemos fazer é clamar por justiça, de maneira que os corruptos paguem o que devem.
Maycon Ramos