quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Eleições 2008 - Questão de consciência!


Caros leitores,

No próximo domingo vamos às urnas eleger os "representantes do povo". É uma ocasião importante que exirge atenção e comprometimento, votar é coisa séria! Resgatei esse texto de minha autoria que tinha postado aqui a alguns meses atrás que retrata um pouco da realidade do Brasil e dos brasileiros perante as eleições. Lembrem-se, votem conscientes do que estão fazendo, pois a realidade política de hoje é o retrato do descaso com que ela é tratada por nós brasileiros!


Estamos nos aproximando de mais um período eleitoral, quando se renovam as esperanças de eleger políticos competentes para tornar o país mais justo para todos (fica a pergunta no ar se isso é mesmo possível). Os brasileiros vão às urnas com o propósito e esperança de mudanças, mas até que ponto o brasileiro tem a consciência do seu voto? Até que ponto ele sabe da importância que se tem em eleger alguém para ser o “representante do povo”?A democracia no Brasil é ainda um sistema novo. Até poucos anos atrás o país vivia sobre uma ditadura militar em que o povo não tinha o direito de eleger seus representantes. Por ser a democracia uma coisa recente em nosso país, podemos afirmar que o brasileiro não tem ainda um preparo e uma consciência da importância do seu voto. Existem eleitores que votam em candidatos que são seus conhecidos, por vezes parentes e amigos, esperando ganhar algo em troca, talvez um emprego, algum tipo de status. Existem outros que inconscientemente vendem seu voto por algum “agrado” do candidato, alguma ajuda financeira, alimentos, roupas, calçados. Essa escolha pelo candidato se deve pelo o que os brasileiros acostumaram a escutar nas escolas ou nas novelas de época (principalmente nas novelas de uma forma um pouco errônea pelo “romancismo” que é tratado o tema) e que sabem apenas superficialmente o que é. Isto é o que podemos chamar de “Coronelismo”, ou melhor, herança do coronelismo. Este sistema funcionou durante muitos anos no Brasil. Os coronéis obrigavam seus “afilhados” a votar neles ou em seus candidatos, o chamado “voto de cabresto”. Hoje acontece quase do mesmo jeito, porém o eleitor não irá apanhar ou até mesmo ser assassinado (salvo alguns casos), caso não vote em tal candidato como acontecia naquela época.Existem ainda os brasileiros que são desinteressados por política e votam em branco, nulo ou ainda em qualquer candidato sem analisar suas propostas. O pior ignorante é aquele que acha que está tirando alguma vantagem em fechar os olhos para as questões que o atingem diretamente! Mas se analisarmos os fatos históricos que ocorreram no país a partir de 1964, época do “golpe militar” e a implantação da ditadura, poderemos ter pelo menos uma idéia do por que da alienação do brasileiro quanto à importância de votar. Antes do golpe militar, havia uma ascendência política principalmente entre os estudantes, mas com o duro golpe e repressão política, que levou à tortura e assassinato de vários manifestantes, essa ascendência política foi “jogada por terra”. Os jovens daquela época, que são os pais e avós de hoje, perderam o interesse pela política e os jovens de hoje, a exemplo dos pais e também devido a outros fatores como a manipulação imposta pelas redes de TV, não têm interesse na política.Para resolver esse problema do país é preciso, antes de mais nada, reeducar os brasileiros com palestras e campanhas sobre a conscientização da importância de votar, mas é preciso também de tempo, pois, como foi dito anteriormente, a democracia é um sistema recente no Brasil. O problema é que não temos este tempo disponível, visto o grande caos que passa o país. Quando o povo tiver a sabedoria de eleger seus candidatos, a corrupção que assombra-nos terá seus dias contados, mas enquanto isso não acontece, o que podemos fazer é clamar por justiça, de maneira que os corruptos paguem o que devem.

Maycon Ramos

Um comentário:

Luciana disse...

O que eu acho é que o brasileiro está tão descrente de uma política realmente eficaz e honesta que já não sente tanta empolgação ao escolher seu candidato. É essa a minha opinião...